Diz-se por aí que arriscar está muito in. Que criam mentalidades novas, de interajuda, de cooperação também. Diz-se por aí que se criam líderes. Que o espírito de liderança se ensina. Que o marketing é que é bom. Então e o advento do marketing pessoal? Um must. Ninguém será nada sem isso. Diz-se por ai muita coisa realmente nesta nova mentalidade de gestão. Mas será que o que acontece na realidade vai de encontro ao publicitado?
Não me parece. O que me parece é que estamos a criar patos e a fazê-los acreditar que rugem. A hipocrisia é vendida desde as mais altas patentes vestida de inovação, uma máscara bonita para nos sentirmos melhor e mais predispostos a acreditar e a aceitar.
Dizem que arriscam. Pois bem. A quantas entrevistas de emprego tens ido ultimamente?
Odeio entrevistas de emprego pelo seguinte: qualquer pessoa com o mínimo de cérebro mente e vira o empregado supostamente perfeito. Como te diferencias assim? Qual é a lógica de começares um novo passo na tua vida com base num conjunto de tretas?
Dizem que arriscam. Pois bem. Quantos projectos já tentaste apresentar ultimamente à nova geração que se assume como risk taker?
Sabes qual é o projecto eleito? O que for mais bem publicitado. Independente do conteúdo. Tentas ser honesto, mostrar conteúdo, ganhos, probabilidades, potencial. Aparece-te um Sócrates com um belo assessor de marketing e quem é eleito? O concorrente 'socrático'. O que acontece depois? Nada ou asneira. Porquê? - perguntas tu (tu e quem aprovou o projecto) - Então, mas parecia ter tudo para funcionar! Pois. Só parecia. É essa a questão. Só tinha aparência, não tinha conteúdo.
Cada vez parece predominar mais a forma sobre o conteúdo. Não deveria ser o contrário? Já vimos que este método não funciona. Mas como humanos teimosos, incapazes de assumir que estamos errados, insistimos e repetimos vezes sem conta, mudando o aspecto, criando um novo modo de fazer a mesma coisa, um melhor, um mais bonito, quando na realidade devíamos era estar a fazer uma coisa diferente. Depois o mundo não anda para a frente e ninguém percebe porquê. Porque só se refaz o que está feito. Muda-se a embalagem do produto e chama-se-lhe uma inovação! Troca-se-lhe o nome e chama-se-lhe inovação! Bem, como se diz em bom português da aldeia: a merda é a mesma, só o cheiro é que é diferente. E ninguém que se cole aqui à palavra merda, porque é a situação merda que é relevante na realidade!
Próximo ponto. Falemos de líderes. Ou melhor. Dos novos líderes. Dos líderes que são quase como nossos país. Que são compreensivos, relaxados, inspiradores. De facto os novos modelos de liderança têm-se focado muito na inspiração. Aparentemente o carisma é a palavra chave. Não me lixem, que quando o Steve Jobs morreu, 90% dos apologistas destas novas teorias de liderança declararam a sua admiração por ele. E ele era tudo menos compreensivo. Até era mais ditatorial que o aconselhável.
Para mim um líder tem que ser um apaixonado. Não é um acto, uma farsa, algo que aprendes num livro. É queres, é veres. Um líder vê, faz, e manda. E ponto. Tem é que saber mandar. E ninguém manda em ninguém com falinhas mansas. Isso é cooperar. Isso é trabalho de equipa. Em equipa não pode haver um líder. Porque um líder tem que ser, obrigatoriamente ditatorial. Flexível sim. Mas não quase o teu melhor amigo. Até porque um bom líder só quer que faças o teu trabalho e sejas competente. Não quer que gostes dele. Quer que gostes do resultado final. Um bom líder só vê esse resultado de modo a lá chegar e só para quando lá estiver. Se és incompetente és despedido. Simples. Todas as grandes concretizações começam com uma obsessão, com uma paixão. E não com uma pessoa que se preocupava em ser um bom líder.
Tenho uns toques de marketing. Mas nao sou apologista. Sou pão pão, queijo queijo. Se digo que faço é porque faço. Se digo que não faço é porque não faço. Marketing é pôr um quadro branco à sombra e dizer que ele é cinzento. Até pode correr bem. Mas o cliente se for um apaixonado não se sujeita a nada que não cinzento. Novamente. Forma sobre conteúdo. A maneira como dizemos tem mais valor do que o que as nossas palavras descrevem. E enquanto isto acontecer, vai haver sempre uma discrepância entre o objectivo e o resultado, que ficará sempre aquém do esperado. Ou, numa situação otimista, chega lá muito mais morosamente.
Os sábios dizem que o Homem deveria tentar mudar-se a ele próprio antes de tentar mudar alguma coisa. E essa é que é essa. Se nós tentarmos mudar algo, mas permanecermos imutáveis internamente, podermos ler quantos livros quisermos, formar-mo-nos o quanto quisermos, que as nossas atitudes vão sempre remeter para o que está dentro de nós. E não para o que transparecemos para o exterior. Podemos ter sucesso. Mas nunca mudaremos nada.
Cada vez parece predominar mais a forma sobre o conteúdo. Não deveria ser o contrário? Já vimos que este método não funciona. Mas como humanos teimosos, incapazes de assumir que estamos errados, insistimos e repetimos vezes sem conta, mudando o aspecto, criando um novo modo de fazer a mesma coisa, um melhor, um mais bonito, quando na realidade devíamos era estar a fazer uma coisa diferente. Depois o mundo não anda para a frente e ninguém percebe porquê. Porque só se refaz o que está feito. Muda-se a embalagem do produto e chama-se-lhe uma inovação! Troca-se-lhe o nome e chama-se-lhe inovação! Bem, como se diz em bom português da aldeia: a merda é a mesma, só o cheiro é que é diferente. E ninguém que se cole aqui à palavra merda, porque é a situação merda que é relevante na realidade!
Próximo ponto. Falemos de líderes. Ou melhor. Dos novos líderes. Dos líderes que são quase como nossos país. Que são compreensivos, relaxados, inspiradores. De facto os novos modelos de liderança têm-se focado muito na inspiração. Aparentemente o carisma é a palavra chave. Não me lixem, que quando o Steve Jobs morreu, 90% dos apologistas destas novas teorias de liderança declararam a sua admiração por ele. E ele era tudo menos compreensivo. Até era mais ditatorial que o aconselhável.
Para mim um líder tem que ser um apaixonado. Não é um acto, uma farsa, algo que aprendes num livro. É queres, é veres. Um líder vê, faz, e manda. E ponto. Tem é que saber mandar. E ninguém manda em ninguém com falinhas mansas. Isso é cooperar. Isso é trabalho de equipa. Em equipa não pode haver um líder. Porque um líder tem que ser, obrigatoriamente ditatorial. Flexível sim. Mas não quase o teu melhor amigo. Até porque um bom líder só quer que faças o teu trabalho e sejas competente. Não quer que gostes dele. Quer que gostes do resultado final. Um bom líder só vê esse resultado de modo a lá chegar e só para quando lá estiver. Se és incompetente és despedido. Simples. Todas as grandes concretizações começam com uma obsessão, com uma paixão. E não com uma pessoa que se preocupava em ser um bom líder.
Tenho uns toques de marketing. Mas nao sou apologista. Sou pão pão, queijo queijo. Se digo que faço é porque faço. Se digo que não faço é porque não faço. Marketing é pôr um quadro branco à sombra e dizer que ele é cinzento. Até pode correr bem. Mas o cliente se for um apaixonado não se sujeita a nada que não cinzento. Novamente. Forma sobre conteúdo. A maneira como dizemos tem mais valor do que o que as nossas palavras descrevem. E enquanto isto acontecer, vai haver sempre uma discrepância entre o objectivo e o resultado, que ficará sempre aquém do esperado. Ou, numa situação otimista, chega lá muito mais morosamente.
Os sábios dizem que o Homem deveria tentar mudar-se a ele próprio antes de tentar mudar alguma coisa. E essa é que é essa. Se nós tentarmos mudar algo, mas permanecermos imutáveis internamente, podermos ler quantos livros quisermos, formar-mo-nos o quanto quisermos, que as nossas atitudes vão sempre remeter para o que está dentro de nós. E não para o que transparecemos para o exterior. Podemos ter sucesso. Mas nunca mudaremos nada.